Fartamo-nos de ouvir falar de sucessos, apostas certeiras, grandes projectos. Estão na televisão, nos jornais, nas newsletters, nas redes sociais.
Já auto-promoção do que falhou e dos erros não aparece em lugar nenhum. Omitir falhas é normal, até porque nos faz sentirmo-nos mal connosco próprios. Mas se conseguirmos colocar o ego de parte, percebemos que falhar também tem o seu lado bom. Por exemplo, esta TED talk mostra-nos como é importante errar.
Aquilo que aprendemos com o erro é indubitavelmente maior que aquilo que aprendemos com o sucesso. Falhar acontece a todos aqueles que arriscam sair da zona de conforto, que ambicionam, que querem progredir. O segredo está em não desistir, tentar de novo e utilizar o que aprendemos para aperfeiçoar o nosso trabalho.
É importante compreender que para chegarmos ao sucesso é provável que falhemos algumas vezes e que recear falhar é aquilo que nos distancia de atingir o objectivo. Como dizia Churchill “success consists of going from failure to failure without loss of enthusiasm.” O culto do sucesso que nos é imposto pela sociedade é aquilo que nos afasta do progresso, já que a ideia de podermos falhar nos inibe de tentar.
Partilhar experiências sobre o que correu mal é tão importante como partilhar o que correu bem. Além da aprendizagem que advém desse processo é uma forma de criar empatia. Partilhar a vulnerabilidade e o erro, sobretudo quando também há uma história de sucesso é, não só uma forma de mostrar que é normal errar e que é possível alcançar o sucesso apesar do erro, mas também um exercício de humanização.
Meter os erros para debaixo do tapete, procurar culpados ou fingir que nada aconteceu não nos ajuda a retirar nada de bom do facto de termos falhado. Às vezes é preciso engolir o orgulho, mudar de planos, procurar outros insights e recomeçar com base naquilo que aprendemos sobre o erro, sem receios.
E você, o que faria se não tivesse medo de falhar?